Em 24 de março de 1991, Senna vencia pela primeira vez diante da sua torcida após um tremendo esforço para continuar a diante mesmo limitado por intempéries da vida, fazendo valer seu ensinamento: "quando penso que cheguei ao meu limite, descubro que tenho forças para ir além."
"Faltando 20 voltas para o final, perdi completamente a quarta
marcha. Foi quase o fim para mim. Eu precisava mudar as marchas sem
passar pela quarta, tinha de fazer um esforço tremendo com o braço. Com
isso, além de perder tempo, comecei a ter um desgaste (físico) maior do
que teria já com o acumulado da corrida. Faltando oito voltas para o
final, a única marcha que entrou foi a sexta. Quando eu tentava mudar
entrava o ponto morto. Coloquei a sexta e fui em sexta as sete voltas
que faltavam. Na reta tudo bem, mas nas curvas lentas era quase
impossível guiar o carro. O esforço que eu tinha que fazer para segurar o
volante era maior ainda porque o motor empurrava o carro para fora das
curvas lentas. Além desse problema, o motor ficava com numa RPM
(rotação) muito baixa, não tinha potência. Eu via o Patrese chegando,
chegando. Procurei mudar meu estilo de guiar para manter as RPM mais em
cima, mas para isso eu tinha de ir mais forte para as curvas, segurar o
volante ainda mais nos braços, literalmente."
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